quinta-feira, 29 de abril de 2010

Continuando a perder o medo.



A idéia de acabar com o medo parece irreal, mas se você pensar bem é tão real quanto à de ter coragem, quem disse que você tem medo? Quem disse que é necessário ter coragem para caminhar? Um escritor americano disse que coragem é a resistência ao medo o domínio do medo, não a ausência do medo, legal essa frase não é? Quando tiramos a seriedade do medo percebemos que é possível viver, fazer suas coisas, desafiar, sair da zona de conforto, apesar de sentir medo, tanto coragem quanto medo são idéias. Biologicamente falando o único medo que existe é um mecanismo de defesa que todo animal possui, vou explicar como ele funciona. Você está andando por uma floresta e subitamente ouve um ruído, um balançar das folhagens, isso significa que você recebeu um estímulo sensorial por meio da vibração do som, o seu cérebro pode interpretar esse som como de um animal a espreita que pode ser um possível predador, se você for uma pessoa acostumada a andar no mato talvez seu cérebro interprete por causa do volume e intensidade do som que é apenas um animal pequeno, mas vamos ao 1º caso, você acha que pode ser um predador, automaticamente seu cérebro dispara neuro transmissores por toda sua circulação sanguínea e ele deixa seus músculos tensos e prontos para reagir ou fugir, seus órgãos sensoriais mais aguçados, o corpo esquenta e por isso você começa a suar, essa sensação não é muito prazerosa, mas também não precisa transformar-se em pânico já que é apenas uma reação instintiva e natural, este é o que chamamos de medo natural ele passa tão logo você veja um alegre macaquinho pulando num galho, você sabe qual é a diferença do medo natural para o medo irreal, que são todos os outros, enquanto o 1º é provocado por um estímulo, no caso um som, mas pode ser uma visão de alguém suspeito ou de um precipício e serve para protegê-lo e preservar a sua vida, o medo irreal é provocado pela imaginação, o cérebro não entende o que é imaginação e o que é estímulo sensorial, para ele é tudo a mesma coisa, logo, se você imaginar que vai ser atacado por um assaltante o seu cérebro provocará as mesmas reações, como se realmente você estivesse sendo atacado, mas não está, acostume-se a olhar para si e perceber suas sensações, o que você ouve, o que você vê, o que você sente na pele e no paladar, deixe que somente essas percepções lhe digam o que é necessário temer porque elas foram feitas para isso e exatamente por causa delas que você está vivo hoje, e sobreviveu a todos os incidentes da sua vida todo o resto toda a imaginação quanto a perigos não passa de imaginação. Lembro mais uma vez, neurologicamente seu cérebro não sabe a diferença do perigo real para o imaginário, por isso escolha viver e fazer tudo o que você quer, mesmo com medo, pois quando você precisar de alguma reação para protegê-lo seu cérebro saberá como fazê-lo, enquanto isso você vive com muito mais prazer e liberdade.

Um comentário:

Anônimo disse...

Verdade.Só evoluimos cada dia quando descobrimos a diferença entre nossos medos